A evolução da ciência faz-se da
procura de soluções para fenômenos que não compreendemos. Foi sempre este o
processo seguido ao longo de vários séculos: explicar o incompreendido.
Contudo, continuam a persistir fenômenos que acontecem na
natureza para os quais a comunidade científica ainda não encontrou explicação.
Desde luzes estranhas que precedem os tremores de terra a pedras rolantes no
meio do deserto. Veja quais são estes fenômenos científicos ainda por explicar.
1.Luzes dos terramotos
Antes e durante os tremores de terra são avistadas por vezes
estranhas luzes no céu cuja origem é desconhecida. Uma tempestade ao mesmo
tempo que o sismo? Existirão mesmo? O físico italiano Cristiano Ferugia
recolheu relatos de avistamento de luzes que remontam até 2.000 A.C. Durante
muito tempo, os geofísicos foram bastante cépticos em relação ao estranho fenômeno.
Pelo menos até 1966, quando foram fotografadas as estranhas luzes que do terremoto
Matsushiro, no Japão. O fenômeno, contudo, continua por explicar. Entre as
várias teorias incluem-se o calor causado por fricção, gás radônio e piezoelectricidade,
uma acumulação de eletricidade em rochas de quartzo à medida que as placas
tectônicas se movimentam.
2.Linhas de Nazca
Cobrindo cerca de 450 km quadrados de deserto costeiro, as
Linhas de Nazca são obras de arte de grande tamanho espalhadas pela planície
peruana. As linhas assumem formas de animais, plantas, geométricas e humanas,
sendo visíveis no ar como se de gigantes desenhos se tratassem. Acredita-se que
tenham sido construídas pela civilização Nazca há mais de 1.000 anos, entre 500
A.C e 500 D.C. Contudo, ninguém sabe o propósito destas construções. Até 1997
pensava-se que as figuras faziam parte de um calendário astronômico, mas a
teoria foi posta de lado. Os estudos actuais das formas centram-se na forma
como o povo Nazca viveu e o que provocou o seu desaparecimento.
3.Sistema de orientação das
borboletas
Todos os anos, milhões de borboletas-monarcas
norte-americanas migram mais de 3.218 km para sul durante o inverno. Durante
anos, nunca ninguém soube até onde voavam. Na década de 1950, Norah Urquhart e
o seu marido começaram a marcar e a seguir os animais. Em 1976, descobriram que
quase todas as borboletas norte-americanas estavam numa floresta montanhosa
mexicana. Embora se sabia que as borboletas-monarcas procurem apenas 12 a 15
florestas montanhosas mexicanas específicas, ninguém sabe como se orientam até
lá. Entre as teorias encontram-se forças magnéticas e a posição do sol. Mas o
mecanismo exacto de orientação ainda não foi descoberto.
4.Bolas de relâmpagos
Nicola Tesla, físico que inventou a corrente alternada, criou
supostamente uma bola de relâmpagos no seu laboratório. Em 1904, Tesla escreveu
que nunca tinha visto “bolas de relâmpagos naturais, mas conseguiu determinar a
sua formação e reproduzi-las artificialmente”. Foi uma afirmação surpreendente
para a altura e ainda mais nos dias que correm, pois os cientistas nunca
conseguiram recriá-las laboratorialmente com sucesso. Quanto aos relatos do fenômeno
natural, estes remontam até ao tempo da Civilização Grega. Atualmente, o fenômeno
elétrico é descrito como uma bola luminosa de relâmpagos que aparece durante ou
depois de uma trovoada. Algumas teorias sugerem que as bolas luminosas são
plasma, outras que são o resultado de um processo químico-fluorescente. Há
alguns anos, investigadores da Força Aérea norte-americana conseguiram criar
bolas brancas plasmóides em laboratório. Os cientistas não têm a certeza de
terem criado bolas de relâmpagos, mais foi a experiência mais próxima dos
resultados de Tesla.
5.Pedras rolantes do Vale
da Morte
No Vale da Morte, na Califórnia, existem forças estranhas em
ação. Forças que conseguem empurrar grandes pedras sobre uma superfície plana
de um lago seco. Sabe-se que as pedras se movimentam pelo rasto que deixam, mas
nunca ninguém as viu movimentar. Nos anos 1960, geólogos californianos
iniciaram um programa de monitorização durante sete anos e verificaram que
algumas pedras se movimentaram cerca de 200 metros durante esse período. A
análise ao rasto das rochas revela velocidades de um metro por segundo e na
maioria dos casos as pedras movimentavam-se no inverno. A teoria mais credível
é que as rochas utilizem o mau tempo, nomeadamente o gelo, para se deslocarem
sob a ação do vento, mas esta ainda é uma teoria a provar.
6.Zumbido de baixa
frequência
O zumbido de baixa frequência foi o nome dado ao som
irritante quase imperceptível que por vezes é ouvido em determinados locais,
mas que nem todas as pessoas conseguem ouvir – apenas uma em cada 20 pessoas
conseguem ouvir o som, o que dificulta a comprovação científica do fenômeno. Os
cientistas ainda não sabem o que provoca este ruído incômodo.
7.Cigarras que ressuscitam
Não se trata literalmente de cigarras que ressuscitam da
morte, mas que acordam de um sono de 17 anos. Ou seja, as cigarras passam os
seus 17 anos de vida enterradas no solo, ao fim dos quais ascendem à superfície
e procuram freneticamente um parceiro. Depois de acasalarem e deixarem os seus
ovos no solo morrem duas ou três semanas depois. Os cientistas ainda não
percebem este fenômeno biológico das cigarras, mas acreditam que os animais
tenham adaptado o seu relógio biológico para evitar os predadores.
Em Janeiro de 1917, o biólogo Waldo McAtee apresentou um
artigo científico à Sociedade de Biologia de Washington intitulado “Chuva de
Matéria Orgânica”. O artigo parecia quase uma receita de bruxaria com vários
animais e dava conta de relatos de diferentes locais do mundo onde tinham
literalmente chovido animais do céu. Os cientistas são bastante cépticos em
relação à chuva de animais. Uma das possíveis explicações é a passagem de um
tornado sobre um lago ou charco, sugando a vida aquática que lá existe, que
posteriormente é depositada num outro lugar, onde possivelmente não conseguem
sobreviver. No entanto, a teoria não está provada cientificamente.
9.As grandes bolas da Costa
Rica
Na Costa Rica existem centenas de pedras em forma de bolas
gigantes. Contudo, ninguém sabe para que propósito foram construídas pela
civilização pré-Hispânica. As bolas de pedra foram descobertas no início do
século XX durante o desbravamento de terrenos para a plantação de banana. As
pedras datam entre 600 e 1000 D.C e algumas chegam a ter dois metros de diâmetro.
10.Fósseis improváveis
Desde que Darwin enunciou a Teoria da Evolução no século XIX,
os cientistas têm-se deparado com algumas descobertas que não encaixam no
puzzle darwinista. As descobertas mais intrigantes são os fósseis e, em
particular, os fósseis humanos, que aparecem no lugar errado. Ossos
fossilizados ou pegadas encontradas em regiões e zonas temporais arqueológicas
a que não pertencem têm levado os cientistas a questionar a teoria de Darwin e
a olharem para teorias conservacionistas. Embora muitos achados de fósseis
façam os cientistas duvidar do que é cientificamente aceite, alguns destes
achados são forjados, não passando de fósseis falsos, especialmente os
encontrados no século XIX e primeira metade do século XX, quando não existiam técnicas
avançadas de datação.
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